Aí
galera, Esse emelho é de Craudinei, mas aqui é Jonilso que tá falano.
É
porque eu num tenho emelho, aí ele me liberôpra escrevê no dele. E eu quero
falá é sobre isso mermo: emelho. A parada é a seguinte: ôto dia eu tava percurano
um serviço no jornal aí eu vi lá uma vaga na loja de computadô. Aí eu fui lá vê
colé a de mermo.
Botei uma rôpa sacanage que eu tenho, joguei meu Mizuno e fui
lá, a porra. Aí eu cheguei lá, fiz a ficha que a mulé me deu e fiquei lá
esperano. Nêgo de gravata e as porra, eu só "nada... tô cumeno
nada!". Aí, eu tô lá sentado, pá, aí a mulé me chama pa entrevista, lá na
sala dela. Mulé boa da porra! Entrei na sala dela, sentei, pá, aí ela começô: a
mulé perguntano coisa como a porra, se eu sabia fazê coisa como a porra e eu só
"sim sinhora, que eu já trabalhei nisso e naquilo", jogano 171 da
porra na mulé e ela cumeno legal, a porra!
Aí
ela parô assim, olhô pra ficha e mim perguntô mermo assim: "você mora aí,
é?", aí eu disse "é". Só que eu nun sô minino, botei o endereço
de um camarado meu e o telefone, que eu já tinha dado a idéa pra ele que se ela
ligasse pá ele, ele dizê que eu sô irmão dele e que eu tinha saído, pra ela
deixá recado, que aí era o tempo dele ligá pro orelhão do bar lá da rua e falá comigo
ou deixá o recado que a galera lá dá. Eu nun vô dá meu endereço que eu moro ni
uma bocada da porra! Aí a mulé vai pensá o que? Vai pensá que eu sô vagabundo
tomém, né pai... Nada! Aí, tá. A mulé só perguntano e eu jogando um
"h" da porra na mulé, e ela gostano vú... se abrindo toda... mulé boa
da porra! Aí ela mim disse mermo assim: "ói, mim dê seu emelho que aí
quando fô pra lhe chamá... - a mulé já ía me chamá já - ... quando fô pra lhe
chamá, eu lhe mando um emelho". Aí eu digo "porra... e agora?".
Aí eu disse a ela mermo assim "ói, eu vou lhe dá o emelho de um vizinho
meu pra sinhora, que ele tem computadô, aí ele mim avisa". Mintira da
porra, que o cara mora longe como a porra e o computadô é lá do trabalho dele,
aí ele ía tê que mim avisá pelo telefone lá da rua.
Aí, depois quando eu disse isso, a mulé empenô. Sem mintira niua, ela me disse mermo assim: "aí, não! como é que você qué trabalhá na loja de computadô e não tem emelho?". Aí ela bateu no meu ombro assim e disse "Ói, hoje em dia, quem num tem emelho ximba!". Falô mermo assim, véi, a miserave da mulé. Miserave! Mas aí, eu ía fazê o que, véi?
Aí, depois quando eu disse isso, a mulé empenô. Sem mintira niua, ela me disse mermo assim: "aí, não! como é que você qué trabalhá na loja de computadô e não tem emelho?". Aí ela bateu no meu ombro assim e disse "Ói, hoje em dia, quem num tem emelho ximba!". Falô mermo assim, véi, a miserave da mulé. Miserave! Mas aí, eu ía fazê o que, véi?
Aí
uns dias depois eu acabei conseguindo um seviço de ajudante de predero: um pau
da porra! Eu pego 7 hora da manhã e leva direto, a porra, de 7 a 7, aí meio dia
para pra almuçá, comida fêa da porra, e acabô o almoço nun discansa não, volta
pro seviço. É pau, vú véi... é pau viola mermo. É por isso que eu digo, é como
a mulé disse: "quem nun tem emelho ximba, véi!". É isso aí.
Os cara
que nun recebero esse emelho vai ximbá, na moral, dá um pau da porra, quando
chegá fim de mês, recebê uma merreca. Agora pra você que recebeu esse emelho,
eu vô lhe dá a idéa, ói, vá lá na loja que ainda tem a vaga! Já fui!
Esse emelho é
de Craudinei, mas aqui é Jonilso que tá falando.
Valeu!
Jonilso
Valeu!
Jonilso
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